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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Jesus jamais será Noel

Por que a manjedoura e não o palácio?   


“E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. Lucas 2:7

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Por Cláudio Martucelli


 

No pequeno país de Israel, todos esperavam pelo prometido desentende do rei Davi, nas Escrituras Sangradas o Rei prometido é chamado pelos profetas por vários codinomes, adjetivos e características. Maravilhoso Conselheiro, Príncipe da Paz, Emanuel, O Messias, Deus Forte e, O Salvador, são alguns dos nomes atribuídos a esse desentende tão esperado do rei Davi.

O povo judeu (israelense) passou por vários problemas e adversidades em sua história, viveram no cativeiro babilônico e sob o domínio dos impérios, medo-persa, macedônio, selêucida (requício do poderoso império de Alexandre), e do romano, foram séculos de muito sofrimento e opróbrio. Nesse espaço de tempo houve várias revoltas e rebelião, na fâ de alcançar a liberdade e independência desses impérios. Uma revolta muito conhecida no período selêucida foi à promovida por Judas Macabeu, filho do sacerdote Matatias, mas, o fim foi sua morte em combate e a opressão do seu o povo.

Durante séculos o povo judeu orou e clamou a Deus pelo Rei que libertaria Israel do jugo pagão e restauraria a sua dignidade. O tempo passou e com ele vários imperadores, até que no ano 4 A.C*, nasceu JESUS. Quando Jesus nasceu o território israelense estava sob o domínio do Império Romano.

Apesar das Escrituras Sagradas nos revelarem como seria o reino do tão esperado descendente de Davi, o povo judeu esperava um rei que enfrentasse belicamente os imperadores e através do fio de sua espada subjugasse todos os seus inimigos e adversários, portanto, esperavam um reino poderoso, mas com a mesma essência e características dos demais. Esperavam um Messias palaciano, nascido entre os poderosos, e por obvio, tivesse influencia e poder sobre a elite real. Estavam enganados!

No capítulo dois do Evangelho de Lucas, encontramos a maravilhosa história que narra o nascimento do descente de Davi, o Filho de Deus, Jesus Cristo. Mas, vou me ater ao verso sete deste capítulo, portanto, Lucas 2:7 que diz E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. Aqui o evangelista Lucas relata que “não havia lugar para eles na estalagem”, por isto José acomodou sua esposa com dores de parto em um estábulo para animais.

Como muita gente estavam em viagem devido o censo imposto pelo governo, às estalagens, que equivale aos hotéis, albergues, pousadas e hospedarias, estava cheias de viajantes. Na época, o principal meio de transportes era o animal (cavalos, mulas e bois), os estábulos equivalem aos estacionamentos, era uma espécie de curral com cobertura reservado para os animais dos viajantes, de modo que toda estalagem tinha ao lado um estábulo. Pois bem, quando José e Maria chegaram naquela cidade a estalagem estava cheia e não havia lugar para eles, mesmo com Maria em dores de parto, ainda assim fizeram pouco caso da situação.

Aflito por ver sua jovem esposa em serviço de parto, José não teve escolhas, acomodou Maria ali mesmo no estábulo, onde deu a luz ao tão esperado descendente de Davi, o libertador de Israel, o Deus conosco, Jesus o Rei Eterno. Perceba que não havia lugar para Jesus naquela casa, aquele povo não percebeu que estavam recusando o seu Salvador, fecharam a porta para o libertador de Israel, virando às costas para o Emanuel, o Messias.

Minutos depois do nascimento, ali perto alguns pastores receberam a visita de hostes celestiais que jubilavam com a Boa Nova do nascimento de Jesus, em seguida os pastores, orientados foram até aquele estábulo e visitaram o recém-nascido descendente de Davi. Horas depois, os três reis Magos do Oriente chegaram naquele estábulo, e prostrados diante do menino Jesus, lhe ofertaram Ouro, Incenso e Mirra. O Ouro era presente para um rei, o Incenso era presente para um sacerdote, e a Mirra é presente para um profeta. Portanto, esses presentes eram representativos e por si só, revelava a importância daquela criança sobre a manjedoura.

Cabe destacar que antes dos três Magos chegarem naquele estábulo, eles foram para o palácio do rei Herodes à procura do recém-nascido rei de Israel, Jesus. Observo que eles também esperavam que o descendente do rei Davi fosse um rei palaciano, caso contrário não teriam ido até Herodes. Assim como o povo judeu, eles acreditavam que Jesus nasceria na corte real e se tornaria um grande e poderoso líder militar, instruído na Lei de Moisés e nas ciências, estrategista e temente a Deus.

Jesus não foi palaciano por que seu reino não é deste mundo, como bem profetizou Daniel, seu reino é eterno por que “...o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre”. Daniel 2:44.

Caros leitores, como o povo judeu não recebeu Jesus como seu Libertador e Rei, (até hoje estão esperando o Messias), ao longo da história Jesus fez, e faz morada em milhões de corações arrependidos em todo mundo. Atualmente, considerando as ramificações ou todas as subdivisões do cristianismo, os que se declaram cristãos são mais de 2,300 milhões de pessoas no mundo. Portanto, entre os gentios, Jesus sempre encontrou um lugar para pousar.

Entretanto, seria muita ingenuidade e até ignorância, não reconhecer que nas ultimas décadas o cristianismo vem sofrendo ataques sorrateiros e muitas das vezes de dentro para fora. Verdadeiros “cavalos de Tróia” que vem escancarando as portas e ocupando o lugar de Jesus em sua estalagem com um kit de heresias e abominações. Muitos até afirmam que Jesus continua em suas estalagens, mas a verdade é que o Filho de Deus, o Cristo Amado sempre esteve no estábulo dentro da manjedoura.

Outros até receberam Jesus em suas casas, entenda coração, viveram com Ele por muito tempo, mas, aos poucos foram seduzidos pela comodidade e facilidades ofertadas pelo mundo, e, sem perceber acabaram expulsando Jesus de suas estalagens, entenda vida. Não havia lugar para Jesus!

Há 2,024 anos atrás, fecharam as portas das estalagens para o menino Jesus, reservando-lhe uma humilhante manjedoura dentro de um estábulo. Hoje, 25 de dezembro, muitos sequer falam em Jesus, antes, comemoram o dia do “Papai Noel”, da “Arvore de Natal”, celebram a vinda de um personagem pagão que vem em um trenó puxado por renas, carregando um saco de presentes nas costas. Esqueceram a mensagem dos anjos, esqueceram a importância do nascimento de Jesus.

Ou seja, trocaram o Cristo que carregou a cruz pesada para pagar os pecados dos que não merecem por um Papai Noel que carrega um saco de presentes para presentear quem merecer. Inverteram tudo e Jesus continua lá na manjedoura, pois, não havia lugar para Ele na estalagem.

Lamentavelmente, muitas dessas coisas foram introduzidas no “cristianismo” com permissão, conivência e até com a benção dos líderes eclesiásticos, Papas, Bispos, Padres e Pastores serão responsabilizados. Não apenas por esse dia criado por comerciantes, e com intuito unicamente financeiro, mas, pela distorção da mensagem pregada pelas hostes celestiais aos pastores de ovelhas, que diz “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lucas 2:10,11.

Por isso a manjedoura e não o palácio. A cruz ao invés do saco, o jumentinho ao invés do trenó puxado por renas. Por isso afirmo categoricamente, Jesus jamais será Noel!  

sábado, 8 de fevereiro de 2020

O sangue do cordeiro




"E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito". Êxodo 12 13.


Israelense aspergindo sangue na porta. 





Por: Cláudio Martucelli 


Paz e graça á todos em nome de Jesus!

Amados em Cristo, essa figura acima representa uma gloriosa história que aconteceu com o povo de Deus (Israel) na terra do Egito. Boa leitura!


A Bíblia relata que o povo de Israel foi escravizado na terra do Egito por cerca de 400 anos, isso aconteceu a mais ou menos 3600 anos atras. Depois de muito sofrimento e súplica o SENHOR Deus atendeu a oração daquele povo e viu o sofrimento de Israel. ”Disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores." Êxodo 3 7.

Deus então deu início ao processo de libertação e enviou dez pragas sobre toda terra do Egito. Porém, a décima praga (A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS), foi de grande dor e destruição em toda terra egípcia, visto que em toda casa, em toda família havia um primogênito morto. "E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve semelhante e nunca haverá." Êxodo 11:6.

Antes de executar a décima praga, o Senhor Deus orientou os israelitas por meio de Moises. A orientação divina consistia em sacrificar um cordeiro novo para cada família, o cordeiro teria que ser sem defeito, sem mancha, imaculado, o sangue do cordeiro seria aspergido sobre as ombreiras das portas das casas do povo de Israel, dessa forma, o SENHOR Deus deu livramento e escape ao seu povo e destruiu todos os primogênitos egípcios. "E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito." Êxodo 12:13.    .

As famílias que não colocasse o sangue nas ombreiras das portas seriam visitadas pelo anjo da morte e seus primogênitos pagariam com a própria vida o preço da desobediência.
É verdade que essa história aconteceu há muito tempo atrás, porém, o mesmo acontece diariamente nos dias atuais, até porque aquele fato é apenas uma sombra do que viria acontecer nos dias de hoje. 

Nas Escrituras Sagradas encontramos muitas simbologias em fatos ocorridos há milênios, mas que apontavam para Jesus Cristo, o centro de tudo. Desta forma, o Cordeiro puro, sem mácula, sem defeito e imaculado é Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que derramou seu  sangue puro e carmesim para nos proteger da destruição e da morte. Ao aspergir o sangue puro e carmesim do Seu Cordeiro sobre o madeiro da cruz, o Senhor Deus estava na verdade nos protegendo do anjo da morte e das ciladas do mal. "No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29.

Quando o homem confessa a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida e crê no coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, de imediato ele é perdoado e protegido, visto que o verdadeiro cristão é marcado pelo SANGUE DO CORDEIRO DE DEUS. Nesse caso cabe mais uma simbologia, pois nós somos casa e morada do Espírito de Deus, logo, se as ombreiras de sua casa (sua vida) está marcada com o Sengue de Jesus, nada podemos temer. Nenhum mal chegará a sua tenda 
e o anjo da morte não te atingirá, porque a proteção do Sangue de Jesus estará nas ombreiras de sua casa, que é sua vida.  "E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta.” Hebreus 13:12.

Prezado leitor, querida irmã, se você está sob a proteção do Sangue de Jesus não tenha medo de nada, pois nenhum mal poderá te atingir; praga, macumba, feitiços, magias, palavras de maldições, inveja ou mal olhado, nada, absolutamente nenhum mal chegará a sua tenda. PORQUE NO SANGUE DE JESUS HÁ PODER.
"Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não serás atingido." Salmos 91:7

"Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda." Salmos 91:10.

Contra os escolhidos do Senhor não vale encantamentos, magias ou maldições. 
"Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem realizado!" Números 23:23.
No entanto, infelizmente existem muitos lares sendo destruídos pelo anjo da morte neste momento, assim como nas casas dos egípcios que não creram e portanto não obedeceram a palavra de Deus, milhares de casas sofrem os constantes ataques de satanás, seja na morte "literal" de seus primogênitos, seja na ruína familiar (na perda de um membro da família para as drogas ou para o crime), na área financeira, na saúde ou na vida conjugal Lamentavelmente, são casas sem o Sangue do cordeiro de Deus, aspergido nas suas ombreiras, ou seja, não possui a marca do sangue de Cristo e por isso se torna preza fácil. 

Caros leitores, obedecer a Cristo e a sua maravilhosa Palavra, é está sob a proteção do sangue de Cristo, por isso coloque Jesus no seu lar e na sua vida, peça para Ele aspergir seu coração e sua família com o sangue do Cordeiro, antes que seja tarde demais.
Talvez você se questione, mas o que devo fazer para ter essa proteção na minha vida? Simples! Aceite a Jesus Cristo como SENHOR e SALVADOR de sua vida e creia que Deus O ressuscitou dentre os mortos. Fazendo isto as ombreiras de sua casa (vida) será aspergida com o sangue do Cordeiro e imediatamente esterá sob a proteção divina. 

Fique na graça que é melhor que a vida. 
No amor de Cristo, Cláudio Martucelli

 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

A mulher do fluxo de sangue







"E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, Chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue". Lucas 8:43,44.


A mulher que tinha um fluxo de sangue.



Por: Cláudio Martucelli 



Amados em Cristo, paz e graça a todos em nome de Jesus!


Caro leitor, querida irmã, neste artigo estarei falando um pouco sobre a maravilhosa história de uma mulher que tinha um fluxo de sangue. O Evangelista e médico Lucas, no capítulo 8 nos versos 42 ao 48 de seu evangelho, narra a surpreendente história de esperança e fé, vivida por uma mulher decidida. Boa leitura!


Segundo a lei de Moisés, a mulher que estivesse com uma hemorragia ou um fluxo de sangue, era considerada imunda e teria que viver separada, pois, cerimoniosamente ela estava contaminada e impura.

"Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da sua separação." Levítico 15 25. 


Tudo que ela tocasse seria imundo; a cama, a cadeira, o prato, o chão, a roupa etc.
"Toda a cama, em que se deitar o que tiver fluxo, será imunda; e toda a coisa, sobre o que se assentar, será imunda." Levítico 15 4. 

Como podemos ver, o caso da mulher hemorrágica era tão sério entre os judeus que tais casos eram regulamentados pela lei de Moisés. O problema é que ao observar essa lei mosaica, a maioria dos judeus acabavam descriminalizando essas mulheres e consequentemente aumentando ainda mais o sofrimento e a sua dor. Por causa daquela hemorragia aquela mulher enfrentou o preconceito e a discriminação, sendo obrigada a viver isolada e se escondendo da sociedade. Era uma vida de humilhação e vergonha. As vezes ao ler essa passagem bíblica me pergunto: 
- O que aquela mulher viveu durante 12 anos em que esteve com essa enfermidade?

De acordo com as Escrituras Sagradas, aquela mulher possuía muitas herdardes, tinha um poder aquisitivo elevado, tinha dinheiro, não era uma mulher pobre, mas sua fortuna de nada lhe adiantou. Na esperança de se ver livre daquela doença humilhante, aquela mulher gastou todos os seus bens, todo o seu dinheiro com os médicos e absolutamente nada mudava na vida daquela mulher. Com certeza ela bateu em varias portas em busca de uma

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

A Imortalidade da Alma.








"E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seu nariz o fôlego de vida; e o homem foi feito alma vivente". Gênesis 2 7



Imagem, Google.com

 

Por: Cláudio Martucelli



Caros leitores, paz e graça a todos em nome de Jesus.

Hoje gostaria de falar um pouco sobre a imortalidade da alma e tentar responder algumas dúvidas semeadas por seitas como, Adventistas do 7* dia e Testemunhas de Jeová. 
Boa leitura!  

Talvez você esteja incluído na multidão de pessoas que já ouviram a expressão "morreu acabou", eu mesmo já ouvir várias vezes tal expressão, no entanto, as Escrituras Sagradas nos revela que após a morte do corpo a alma permanece viva e consciente. Portanto, tudo que foi realizado no corpo, permanece mesmo depois que esse voltar ao o pó, ou seja, as lembranças, o conhecimento, a consciência, a razão e as emoções que são coisas abstratas, estão tão interligadas pela alma e espirito que mesmo com a morte da parte material do ser humano (corpo), o que é abstrato permanece.
  
Algumas seitas pseudo-cristã na fã de tentar sustentar suas heresias, distorcem os textos bíblicos dando outro sentido ou significado ao texto sagrado, porem a seguir vamos meditar em várias passagens bíblicas para entendermos melhor o assunto.

Nas Escrituras Sagradas exitem varias palavras com vários significado, uma delas é - Alma, por isso muitas das vezes cria-se uma imensa confusão e até mesmo heresias como:
"A Dormência da Alma" ensinada pelos Adventistas do 7° dia, e
"A extinção da Alma" ensinada pelas Testemunhas de Jeová.
Percebe-se também que é na ignorância que surge as expressões "morreu acabou".  

A palavra Hebraica Nephesh é traduzida para "alma" no Antigo Testamento mais de 500 vezes, já no Novo Testamento a palavra Grega Psiche é traduzida mais de 60 vezes. 

A palavra alma é utilizada nas Escrituras para se referir a: 
animais, pessoas, sangue (vida), como também a algo abstrato, imortal e incorpórea.

De acordo com as tradições judaicas e conforme o Torah, entre os judeus havia a crença na vida após a morte, embora o tema não fosse muito explorado, os judeus sempre acreditaram na imortalidade da alma. De Gêneses ao Apocalipse é possível constatar inúmeros relatos onde a Alma é apresentada como imortal e de forma consciente. 
Vejamos a seguir os textos das Escrituras. 

Se refere a animais em:

"Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome". Gênesis 2 19
No texto acima o Altíssimo Javé apresenta à Adão todo ser vivente, ou seja, toda alma vivente, para que Adão coloque os nomes aos respectivos seres vivos. Então, todo ser vivente, seja aquático, terráqueo ou mesmo uma ave, são nomeados nas Escrituras de Alma Vivente. 

"Então para o SENHOR tomarás o tributo dos homens de guerra, que saíram a esta peleja, de cada quinhentos uma alma, dos homens, e dos bois, e dos jumentos e das ovelhas". Números 31 28 
Aqui mais uma vez a palavra alma é designada aos animais. 

"Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e toda alma vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação". Levítico 11 10

"E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente." Apocalipse 16 3.
Aqui o texto se refere aos animais aquáticos, visto que, "e morreu no mar toda a alma vivente". 

Se refere a pessoas em:


"Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém, estava no Egito." Êxodo 1 5.
No texto acima Moisés utiliza a mesma palavra hebraica "Nephesh" - Alma, para fala das setenta pessoas da família de José que foram para o Egito. Setenta almas, ou seja, setenta pessoas.

"Estes são os filhos de Raquel, que nasceram a Jacó, ao todo quatorze almas." Gênesis 46 22. 
Ao todo quatorze almas.

"E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos." Atos 2 43.
Mais uma vez o texto sagrado das Escrituras refere-se as pessoas como alma. Em toda alma havia temor, ou seja, em todas as pessoas havia temor.


Se refere a um ser imortal e incorpórea:


"E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram." Apocalipse 6 9.
Observe agora que o sentido da palavra alma faz referencia a um ser imortal que subsiste mesmo com a morte do corpo. Fica nítido que o corpo humano é apenas uma casa temporária onde o verdadeiro ser humano habita. 
  
"E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." Mateus 10 28.
Aqui mais uma vez o texto sagrado faz distinção entre o corpo que morre e a alma que continua a existir e em sofrimento no fogo do inferno, ou seja, um ser eterno e consciente.

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." Hebreus 4 12.
Aqui o Apóstolo Paulo vai além e mostra que o ser humano é tricotomista, ou seja

segunda-feira, 31 de março de 2014

A amizade de Jonatas e Davi






                                                       
E, indo-se o moço (Jônatas) levantou-se Davi do lado do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, mas Davi chorou muito mais”. 1 Samuel 20:41.




Jônatas e Davi - .r7.com



Por: Cláudio Martucelli




Olá amigos! 
Hoje quero falar com vocês um pouco sobre amizade. 
Sempre que esse tema é apresentado penso imediatamente em dois personagens da Bíblia, Jônatas e Davi.
O que aprendemos dessa relação amigável entre os dois? Boa leitura!

Quando o Altíssimo Deus criou Adão e os demais seres vivos e os pôs no Éden, logo o Criador percebeu que não era bom para o homem viver sozinho, sem uma companhia, sem ter com quem conversar e dividi seus anseios, desejos e os momentos de alegria. Para termos ideia do que é o ser humano sozinho, Adão estava no Jardim do Éden com tudo perfeito e ainda assim, toda aquela perfeição e harmonia não foram capazes de preencher esse espaço destinado à relação humana, em pleno paraíso Adão sentiu falta de uma companhia.
"E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele". Gênesis 2:18.

E quando falo de companhia, por favor, não entendam no simples ato de procriar, de fazer sexo, não! A companhia não se restringe a raça, espécie, ou ao gênero oposto, nem mesmo ao mero ato de fazer sexo, mas,  me refiro a companhia que constrói uma relação baseada na confiança mutua, que gera desejo e harmonia entre os envolvidos, falo de algo que entrelaça a alma gerando alegria e prazer pelo simples fato de estar com o outro.

Quem nunca teve um amigo? Alguém com quem dividimos nossos momentos de alegria e de dor, alguém a quem confiamos nossos segredos e compartilhamos os momentos? 
Talvez este questionamento te fez relembrar suas amizades de infância, pessoas com quem você viveu na rua do bairro, no colégio ou mesmo da faculdade e agora percebe que muitos daqueles amigos ou amigas, ficaram para atrás.

O filósofo grego Aristóteles definiu a amizade da seguinte forma: "a amizade é a alma de dois corpos". Além de Aristóteles vários filósofos, poetas, profetas, cantores, artistas e pensadores deixaram seus relatos sobre a amizade, mas confesso que Aristóteles definiu com grandeza a relação de lealdade, confiança e respeito entre duas pessoas. A amizade é um sentimento puro que liga duas pessoas pelo que elas são, jamais pelo que elas têm, de modo que, quem busca mais do outro acaba deixando muito mais de si mesmo. 

A verdadeira amizade nasce sobre uma plataforma onde "pequenos" e importantes detalhes nos atraem ao outro, onde os sentimentos sinceros são mútuos, onde a confiança, a fidelidade, o amor, o respeito e, sobretudo a verdade são os pilares que sustenta essa base. Esse leque de bons sentimentos mútuos pode ser encontrado na relação entre pai e filho, mãe e filha, no conjugue ou no casal de namorados, porém, como a amizade não se limita ao gênero, a raça ou mesmo ao tempo, ela também está presente na relação entre dois homens, duas mulheres, duas crianças, dois anciões, um jovem e um ancião,  bem como entre um homem e uma mulher. 

Com o avanço tecnológico e a expansão do mundo virtual, cada vez mais pessoas do mundo inteiro se relacionam e surgem novos tipos de “amizades”. Em muitos desses casos a amizade que se iniciou de forma virtual através do computador ou celular em redes sociais, se consolida e prospera a ponto de resultar em namoros e casamentos. Mas, infelizmente esse novo fenômeno também tem produzido várias matérias policiais, não são poucos os casos de estupro, latrocínio, cárcere privado, extorsão e morte. Devido a essa enxurrada de noticias tristes, na maioria das vezes a "amizade virtual" não ultrapassa a barreira de “Amigo Online”.

Na Bíblia encontramos muitos relatos de amizades, uma das primeiras citações nos fala da amizade entre Abraão e o Deus Altíssimo, temos também outro incomparável exemplo, o de Jesus, o Fiel Amigo que deu a própria vida por todos nós. Contudo, pretendo explorar o texto bíblico de 1 Samuel 20:41 que fala da amizade entre Jônatas e Davi, tendo em vista que essa relação de amizade se deu entre duas pessoas comuns, sujeitas às mesmas paixões e limitações humana.  

Atualmente existem “amigos” de todos os tipos, classifica-los seria tarefa árdua, principalmente quando nos voltamos para os meios de comunicação. Nas redes sociais as pessoas estão rodeadas de “amigos” onde é valorizada a quantidade ao invés da qualidade, mas, entendo que a amizade verdadeira não pode ser reduzida aos chamados “amigos virtuais” que comentam, compartilham e curtem suas ideias, pensamentos, fotos e vídeos. Os “amigos virtuais” que juram que te ama e te adora, mas quando te encontra na rua não é capaz de te reconhecer, certamente

sábado, 15 de março de 2014

Uma mulher chamada Abigail





“E era o nome deste homem Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era da casa de Calebe”. 1 Samuel 25:3



Abigail encontra Davi


Autor: Cláudio Martucelli


Caros leitores, graça e paz a todos!

Toda vez que leio a Bíblia no livro de Samuel e me encontro com essa mulher maravilhosa e ímpar, chamada Abigail, fico igualmente fascinado por ver nessa grande mulher virtudes e qualidades ultimamente em estado de extinção. Abigail é uma mulher de coração generoso e de uma personalidade extremamente cativante, é realmente um belíssimo exemplo de mulher.
Boa leitura!

A história de Abigail foi registrada exatamente num período de muito conflito e autoritarismo, um período em que o machismo era extremamente predominante e não havia espaço para as mulheres. A brilhante historia dessa mulher aconteceu por volta do ano 1.000 A/C (antes de Cristo) em um ambiente conturbado e conflituoso.

Em Israel o clima político passava por constantes turbulências internas, de um lado o rei Saul sob o pretexto de combater o inimigo do reino e do outro Davi que fugia para sobreviver e esperar o tempo certo para ser aclamado rei desse reino. Depois que o Senhor Deus ordenou que o profeta Samuel ungisse Davi como rei de Israel, o rei Saul não lhe deu trégua e o buscou em todos os lugares, para se esconder Davi e seus 600 homens guerreiros passaram por um período de constante movimentação fugindo e se escondendo o tempo todo. 

Os esconderijos de Davi eram praticamente na região desértica as margens do Mar Morto, entre esses lugares destaco: En-Gedi, o deserto de Parã, o deserto de Zife, o deserto de Maon e aldeias como o Carmel (Carmelo) e Ziclague.
*Detalhe: Carmel ou Carmelo, não tem nada haver com o monte Carmelo, que fica 323 km ao norte de Israel próximo ao porto de Haifa, o Carmelo onde Davi peregrinava era uma pequena aldeia ao sul de Hebron, herança de Calebe e quem ali vivia era denominado: carmelitas.

“E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão”. 1 Samuel 23:14

Nabal, o sem juízo.

Nessa região desértica, na cidade de Maon havia um homem muito rico e poderoso chamado Nabal, naquele lugar todos sabiam das atrocidades praticadas por esse fazendeiro que também possuía terras na aldeia do Carmel e um notável rebanho de quatro mil ovelhas e cabras.
As Escrituras Sagradas apresenta Nabal, que em hebraico significa “sem juízo”, como um homem duro e maligno nas obras, soberbo, arrogante e completamente perverso. 

Aconteceu que por ocasião da tosquia de suas ovelhas, Nabal foi ao vilarejo do Carmel recolher a sua grande produção de lã e como pretendia passar alguns dias tosquiando, levou uma abundancia de víveres para si e seus funcionários. Quando Davi soube desses relatos imediatamente enviou 10 jovens em seu nome pedindo um pouco de alimento ou de lã, qualquer coisa, qualquer ajuda seria bem vinda. 

Tenho certeza que Davi e seus homens esperavam receber alguma ajuda de Nabal, até porque Davi estava sempre naquela região e nunca agrediu um servo ou roubou uma só ovelha daquele fazendeiro e mesmo naquela situação adversa jamais ofendeu ou causou dano algum aos pastores ou ao rebanho. A presença constante daqueles homens guerreiros na aldeia do Carmel, de certa forma era uma garantia e proteção aos servos e rebanho de Nabal e por isso acreditavam que receberiam alguma ajuda daquele homem rico, mas, para a surpresa e fúria de Davi o louco Nabal não só negou a ajuda, como também o desprezou e o esnobou.
“E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor”. 1 Samuel 25:10. 

Nabal demonstrou que não tinha nenhuma consideração a Davi e ignorando qualquer reação do guerreiro “fugitivo”, continuou dizendo:
“Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm”? 1 Samuel 25:11. 

Pronto, a confusão estava feita!
Por causa da arrogância de Nabal muitos inocentes que não concordavam com suas atitudes estavam prestes a morrerem. Em algum lugar próximo dali os 10 jovens contaram a Davi todo deboche que aquele fazendeiro fez do seu nome, falaram de sua arrogância e da falta de respeito ou consideração por Davi e seus homens.  

Tomado pela fúria e o ódio, Davi ordenou que os seus homens cingissem suas espadas e se preparassem para uma carnificina na casa de Nabal, a fúria de Davi era tão impetuosa que ali mesmo diante de seus homens, fez um juramento no qual prometeu matar a todos, inclusive as crianças.
“Assim faça Deus aos inimigos de Davi, e outro tanto, se eu deixar até amanhã de tudo o que tem até mesmo um menino”. 1 Samuel 25:22.
Como podemos ver, o pavio da bomba estava acesso e na iminência de estourar. 
Alguém precisava com urgência apagar o pavio e aplacar a fúria de Davi, ou todos morreriam.  

É aqui que surgi Abigail.

Abigail que em hebraico significa “meu pai é alegria”, é apresentada nas Escrituras Sagradas como uma mulher de bom entendimento e formosa, uma mulher rica, discreta e graciosa. Mas, quando começo a meditar no dia-dia daquela mulher com seu marido, chego a conclusão de que a maior formosura de Abigail estava no seu interior, na sua personalidade cativante.
“Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus”. 1 Pedro 3:4.

Abigail não sabia o que estava acontecendo, pois não estava presente quando os 10 jovens enviados por Davi foram até Nabal. Porem, temendo o pior e sabendo que pouco tempo lhe restava

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O jovem que tinha cinco pães e dois peixinhos








"Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?". João 6:9.

O Jovem que tinha 5 pães e 2 peixinhos


Por: Cláudio Martucelli 


Amados em Cristo, paz e graça a todos.

Caros leitores, hoje eu quero compartilhar com vocês mais uma bela mensagem de fé que muito acrescentará em vossa jornada cristã. Boa leitura. 


Durante todo ministério de Jesus aqui na terra, por onde ele passava multidões o acompanhavam. Pessoas de todo território israelense e até mesmo de outras nacionalidades vinham buscar em Jesus algo que em nenhum outro era possível encontrar. Certo dia na região da Galileia próximo a Tiberíades, em um lugar ermo e distante da cidade, Jesus estava anunciando as boas novas do Reino de Deus a uma grande multidão que insistia em ficar e ouvi-lo. Ao cair da tarde um de seus discípulos preocupado, pediu a Jesus que despachasse a multidão a fim de que eles voltassem e comprassem algum alimento nas aldeias.  

A multidão


Nas Escrituras Sagradas percebemos que a notoriedade dos feitos de Jesus tomou proporções alarmantes, visto que sua fama ultrapassava fronteiras e tocava nos corações famintos por Deus. Muitos o reconheciam como o Messias prometido, outros como um grande Profeta e por isso bastava saber onde Jesus ia estar presente para imediatamente se aglomerar imensa multidão. Mas afinal, quem estavam entre essa imensa multidão que o buscava? Segundo o apóstolo João:

"E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos". João 6:2

Aquela multidão era composta por no mínimo 7 grupos de pessoas, ou seja: 

1- fariseus, os quais buscavam encontrar falhas em Jesus a fim de acusa-lo.
2 - religiosos preconceituosos e opositores.
3 - pessoas materialistas focadas em bens materiais ou que buscavam uma cura ou libertação, buscavam uma bênção.
4 - pessoas que gostavam de ouvir as sábias palavras do Mestre.
5 - pessoas incrédulas que buscavam sinais para poder crer.
6 - pessoas vazias e famintas do verdadeiro alimento que sustenta a alma e o corpo, a palavra de Deus. 
7 - e havia também, os verdadeiros adoradores que serviam a Jesus com sinceridade e verdade.

Todavia, como podemos observar a imensa maioria das multidões que o seguia tinham propósitos divergentes e na maioria dos casos egoístas e nocivos. Buscavam Jesus por interesses, com os lábios, mas os corações estavam amargurados e distantes, era uma vergonhosa busca por conveniência e egoísmo.

O jovem 

Naquele dia ainda cedo um jovem rapaz acordou disposto a fazer algo diferente, lavou o rosto, tomou seu café e com a alma faminta do verdadeiro alimento foi ao encontro de Jesus. Mas, ao contrário daquela multidão egoísta, aquele jovem decidiu levar em sua mochila cinco pães de cevada e dois peixinhos, talvez pretendendo compartilhar seu almoço com mais alguém, ou talvez uma oferta de gratidão ao Senhor Jesus. 
É fato que ele não pretendia voltar logo e se preparou para realmente ficar com Jesus, ele não foi interessado em receber um bem material ou receber uma bênção, mas, foi com o objetivo de ofertar, servir e adorar ao Senhor Jesus.

O tempo passou e ao final da tarde aquela multidão estava faminta, certamente Jesus já havia anunciado as boas novas, o amor do Pai e as suas parábolas, mas, era tão bom ouvi-lo que o tempo voou e quando perceberam já era tarde, entretanto, como buscavam um milagre insistiam em ficar. Naquele momento os discípulos de Jesus preocupados pediram que Ele despachasse o povo a fim de que fossem e comprassem algum alimento nas aldeias. 
"Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?". João 6:5

Filipe espantado, disse que nem mesmo duzentos dinheiros seriam o suficiente para comprar pães e alimentar aquela imensa multidão. Para termos ideia um dinheiro ou denário era o salário de um dia de trabalho, logo, duzentos dinheiros ou - denários eram equivalentes a seis meses e 20 dias de trabalho e mesmo assim não seria suficiente para comprar alimento para aquela multidão. O Apóstolo João revela ainda que aquela multidão tinha cerca de cinco mil homens sem contar as mulheres e crianças, portanto, acredito que naquela multidão havia entre 10 mil a 13 mil pessoas no total. 

"E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil". João 6:10. 

Era realmente impossível alimentar aquela multidão naquele lugar ermo e isolado. Mas, para glória de Deus aquele jovem que desde cedo estava com seus cinco pães e dois peixinhos, viu naquele momento uma grande oportunidade de cooperar com o reino de Deus e não pensou duas vezes, chamou André e disse:
- Olha senhor, eu trouxe 5 pães e 2 peixinhos, tomai e levai ao Mestre.  Aleluias!

Essa atitude revela não apenas um coração voluntário e fraterno, mas, sobretudo um jovem confiante e com o coração cheio de fé. Com uma atitude totalmente contrária ao do discípulo André, o jovem

domingo, 22 de abril de 2012

O Paralítico de Betesda.





"E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?" João 5:6.


Jesus e o Paralítico de Betésda




Autor: Cláudio Martucelli




Paz e graça a todos em nome de Jesus!
Hoje quero compartilhar com vocês mais uma maravilhosa mensagem de Deus para nossa edificação. Meditemos sobre O Paralitico de Betesda.
Boa leitura!


A Bíblia nos revela que em Jerusalém próximo a porta das ovelhas havia uma fonte - tanque, chamado "Tanque de Betesda" que em hebraico significa CASA DE MISERICÓRDIA. Sobre aquele tanque também existia quatro alpendres onde jazia uma multidão de enfermos. Para ali eram levados coxos, paralíticos, cegos e muitos outros enfermos. Essa multidão era conduzida ao tanque porque entre os judeus havia uma "superstição" que dizia que em algum momento "um anjo" descia do céu e movia as águas do tanque e o primeiro que ali descesse era curado de toda e qualquer enfermidade.

"Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse". João 5:4.

O texto narrado por João nos mostra a difícil batalha de um paralítico que há 38 anos esperava um milagre, "...havia trinta e oito anos, e se achava enfermo." Jo 5:5. Aquele homem paralitico estava ali há 38 anos esperando o mover das águas para poder entrar e ser curado. 


Fico imaginando 38 anos de espera naquela situação deplorável, sem poder andar e totalmente dependente de alguém que o ajudasse, aquele paralítico era excluído da sociedade e certamente sentiu na pele a dor e a humilhação de ser abandonado à própria sorte até mesmo por seus familiares. O paralitico de Betesda também sofreu preconceito e descriminação por sua situação biologicamente miserável e por ser pobre, no entanto, mesmo nessa situação sempre manteve a confiança que um dia realizaria o seu sonho e seria curado daquela paralisia que o cativava. 


Durante esses 38 anos aquele homem sempre confiou que Deus enviaria o “anjo” e que chegaria o dia de sua cura, as adversidades que o paralitico enfrentava não foram capaz de fazê-lo desistir, visto que continuamente ele esperou pelo milagre, louvado seja Deus!
O texto dá a entender que aquele homem nunca se apartou daquele tanque e de seu sonho, porém quando as águas eram movidas outros enfermos passavam em sua frente e entravam nas águas para serem curados, talvez nessas ocasiões o seu sofrimento aumentasse ainda mais devido à frustração de não ter alguém que o ajudasse a entrar nas águas de Betesda, quem sabe seus familiares e parentes não acreditavam nessa possibilidade e certamente não ficariam o tempo todo com ele naquele tanque. 

Certamente o descaso e abandono com que era tratado tenha provocado em algum momento, uma dor ainda maior em seu coração solitário. Afinal de contas, depois de tantos anos de espera aquela paralisia já não afetava apenas a vida física daquele homem, mas também